Educação dos Filhos
As virtudes dos pais são os pais das virtudes dos filhos
Vi certa vez uma frase, em um adesivo de
automóvel, que dizia: Adote o seu filho, antes que o traficante o faça.
De fato, se não conquistarmos os nossos filhos, com amor, carinho e
correção sadia, eles poderão ir buscar isto nos braços de alguém que não
convém. É preciso que cada lar seja acolhedor para o jovem, para que
ele não seja levado a buscar consolo na rua, na droga, na violência…
fora de casa. Sobretudo é primordial o respeito para com o filho;
levá-lo a sério, respeitar os seus amigos, as suas iniciativas boas,
etc. Se você quer ser amigo do seu filho, então deve tornar-se amigo dos
seus amigos, e nunca rejeitá-los. Acolha-os em sua casa.
Muitos pais erram ao mandarem os seus
filhos para a casa dos outros para ficarem livres deles, ou para que não
façam bagunça em casa; é um grande engano. Deixe que o seu filho traga
os seus amigos para a sua casa; então, você os poderá conhecer e evitar
as más companhias para eles.
Diante dos filhos os pais não devem ser
super-heróis, que nunca erram. Ao contrário, os filhos devem saber que
os seus pais também erram e que também têm o direito de serem perdoados;
e, para isso, os pais precisam aprender a pedir perdão para os filhos
quando erram em relação a eles. Não há fraqueza nisto, e muito menos
isto enfraquecerá a sua autoridade de pai. Ao contrário, diante da
humildade do pai e da sua sinceridade, a admiração do filho por ele
crescerá. Tudo isto faz o pai “conquistar” o filho.
O educador francês André Bergè, diz que
“os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”.
Parafraseando-o podemos dizer também que “as virtudes dos pais são os
pais das virtudes dos filhos”. Não é sem razão que o povo afirma que
“filho de peixe é peixinho”. Isto faz crescer a nossa responsabilidade.
É importante que os pais saibam corrigir
os filhos adequadamente, com firmeza é certo, mas sem humilhá-los. Não
se pode bater no filho, não se pode repreendê-lo com nervosismo,
ofendê-lo na frente dos seus amigos e irmãos. Isso tudo humilha o filho e
o faz odiar os pais. Há pais que gritam com seus filhos e os ofendem e
magoam na frente de outras pessoas; ora, esta criança ficará com ódio
deste pai. E como este pai, ou esta mãe, poderá dar um bom conselho a
este filho; ele se negará a segui-lo.
Conquiste o seu filho, não com dinheiro,
mas com amor, vida honrada e presença na sua vida. E, sobretudo, leve-o
para Deus, com você! São Paulo diz aos pais cristãos :”Pais, não deis a
vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e
correção do Senhor” (Ef 6,4).
Quanto mais as santas Leis de Deus em
relação à família, forem desrespeitadas tanto mais famílias destruídas
teremos, e tanto mais lágrimas rolarão dos olhos dos pais e dos filhos.
No capítulo 30 do Eclesiástico, a Palavra
de Deus fala aos pais sobre a sua enorme responsabilidade na educação
dos filhos. Ele diz: “Aquele que ama o seu filho corrige-o com
frequência, para que se alegre com isso mais tarde” ( 30,1).
Infelizmente são muitos os pais que não corrigem os seus filhos, ou
porque são relapsos como pais, ou porque também precisam de correção, já
que também não foram educados. Mais à frente ele diz: “Aquele que
estraga seus filhos com mimos terá que lhes curar as feridas” (30,7).
A palavra é pesada, “estraga”, com
“mimos”. A criança mimada torna-se problema; pensa que o mundo é dela, e
que todos devem servi-la. Não há coisa pior para um filho. Isto ocorre
muito com o filho-único, objeto de “todas” as atenções e cuidados dos
pais, avós e tios. Aí é preciso uma atenção especial!
“Um cavalo indômito torna-se intratável, a criança entregue a si mesma torna-se temerária” (30,8).
Não pode haver mal maior do que deixar uma criança abandonada, materialmente, mas principalmente na sua educação. “Adula o teu filho e ele te causará medo”, diz o Eclesiástico (30,9).
“Não lhes dê toda a liberdade na juventude, não feches os olhos sobre as suas extravagâncias” (30,11).
Não pode haver mal maior do que deixar uma criança abandonada, materialmente, mas principalmente na sua educação. “Adula o teu filho e ele te causará medo”, diz o Eclesiástico (30,9).
“Não lhes dê toda a liberdade na juventude, não feches os olhos sobre as suas extravagâncias” (30,11).
Muitos pais, vendo os filhos errarem, não
os corrige. Temos que ensinar o filho usar a liberdade com
responsabilidade. Não dar-lhe “toda” liberdade. Sem responsabilidade e
verdade, a liberdade se torna libertinagem e mau hábito perigoso. Se o
trem sair dos dois trilhos, ele descarrila e tomba; se a liberdade não
tiver normas se torna vandalismo.
Prof. Felipe Aquino
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