A importância do sexo no casamento
Sexo como liturgia conjugal
Existe importância para o sexo no casamento. O Santo Padre explica que o amor do casal espelha o amor de Deus, por isso deve ser intenso, puro e santo
Por isso, o sexo é tão forte e, ao mesmo
tempo, tão desvirtuado. Nesse relacionamento físico, sentimental,
afetivo e gozoso, o casal “celebra as suas vitórias”, cada um se entrega
ao outro de corpo e de alma, porque entregaram, mutuamente, suas almas,
suas vidas, e cada um jurou ao outro amor e fidelidade até que a morte
os separe. O ato sexual passa, assim, a ser o “selo do compromisso
conjugal” realizado no altar. No altar, o matrimônio é celebrado, mas é
consumado na cama do casal.
O que é celebrado na relação sexual
Na união dos corpos, celebra-se,
profundamente, o amor de um pelo outro: a compreensão recíproca, a
paciência exercida, o perdão dado, o diálogo mantido, as lágrimas
derramadas. A luta vencida é a “festa do amor conjugal”. Por isso, o ato
sexual é o “ato fundante da vida”, diz a Igreja. Deus quer dar a vida
ao filho, única e exclusivamente, por meio de seus pais, pelo ato sexual
de amor entre eles. A Igreja não aceita outra forma de geração da vida;
é um direito do filho ser gerado diretamente por seus pais.
O Sexo é belo e divino
Quando Deus criou o mundo, “viu que tudo
era bom” (Gen 1,25). Portanto, o sexo é belo e divino, desde que no
lugar certo. O Senhor fez do casal humano, pela via sexual, “a nascente
da vida”, disse o Papa Paulo VI. Deus quis dar ao casal humano, pelo
sexo, a glória de cooperar com Ele na criação do mais belo ser deste
mundo. E é no ápice desta “celebração do amor”, que o filho é concebido;
não somente a carne e o sangue do casal, mas, principalmente, o fruto
do seu amor. Isso dá ao sexo, no plano de Deus, uma dignidade imensa.
Fora do casamento perde o sentido
O Catecismo da Igreja ensina que a vida
sexual é legítima e adequada “aos esposos”: “Os atos com os quais os
cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando
realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a
mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e
agradecido” (Cat. §2362; GS, 49). Por isso o sexo não pode ser vivido –
de nenhuma forma – fora do casamento; pois perde o seu sentido e se
torna degradante e depravado. O olho é maravilhoso, mas se você o tirar
da órbita ocular, gerará um monstro horrível. O sexo é assim também.
O ato sexual é manifestação de amor
A vida sexual de um casal, que não se
ama de verdade, nunca é harmoniosa, porque o ato sexual é manifestação
de amor. De nada adiantam as “técnicas sexuais” se não houver o amor.
Para o homem é fácil e rápido realizar o ato sexual e chegar ao orgasmo,
mas para a mulher NÃO! Ele está mais interessado no prazer sexual, mas
ela, no amor, no romance, no carinho que recebe dele. Por isso, há
muitas mulheres frustradas sexualmente; são mal amadas.
Não vos recuseis um ao outro
São Paulo, há dois mil anos, ensinava
aos coríntios: “O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa, e, da
mesma forma, também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não
pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma, o
marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos
recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para
vos aplicardes à oração; e depois, retornai novamente um para o outro,
para que não vos tente satanás por vossa incontinência” (1 Cor 7,3-5).
Não podem se negar um ao outro
A vida sexual harmoniosa faz bem para o
casal que se ama; é um tônico para o corpo e para a alma, quando vivido
de maneira verdadeira e humana. Um não pode se negar ao outro sem motivo
grave; é o chamado “débito conjugal”. Um risco enorme para o casal,
quando um se nega ao outro sem motivo, é o risco e a tentação de um
adultério. É o pior que pode acontecer para o casal e para a família.
Então, se o casal tem dificuldades sexuais, tem a obrigação de buscar a
solução do problema, com terapia e oração.
No mundo de hoje, onde o sexismo
depravado impera, o casal cristão precisa viver a vida sexual de maneira
harmoniosa. São muitas as tentações fora de casa, especialmente para o
homem.
No seu relacionamento íntimo, eles podem e devem fazer o que o outro
precisa para chegarem ambos ao orgasmo. As carícias, mesmo oro-genitais,
que ambos aceitam, podem ser vividas, na medida em que isso seja
necessário para a realização completa do ato pelo caminho natural. Não
se trata de sexo anal ou oral. O amor do casal espelha o amor de Deus;
então, deve ser belo, intenso, puro e santo.
Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino - Canção Nova
Veja também:
:: Harmonia sexual entre o casal
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