Veja como a Igreja orienta os fiéis para as próximas eleições
Cardeais e bispos do Brasil emitiram mensagens com orientações para as eleições 2016. Veja o que disseram a CNBB e as Arquidioceses do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte
Neste domingo, 2, os brasileiros vão escolher prefeitos e vereadores.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) orienta o povo
brasileiro, especialmente os fiéis católicos, a não se abdicarem da
participação da política.
Apesar do cenário de crise, os bispos dirigem ao povo brasileiro uma
mensagem de “esperança, ânimo e coragem”, reafirmando que a missão
cristã tem base na exigência
do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus.
do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus.
“Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral,
escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando
fé e vida, a cidadania não se esgota no direito – dever de votar, mas se
dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos”, disse a CNBB em mensagem para as eleições divulgada em abril deste ano.
Na escolha dos melhores candidatos, diz ainda a mensagem, deve-se ter
em conta o compromisso do escolhido com a vida, com a justiça, com a
ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu
testemunho na comunidade de fé.
A política e a missão cristã
“A política é o ‘sal’ que usamos para fomentar a sociedade cristã,
seu modo de ser e seus valores”. Assim afirma o arcebispo do Rio de
Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, em um artigo publicado no site da
arquidiocese do Rio.
Segundo ele, a política – não aquela de cunho ideológico-partidário
deste ou daquele grupo, mas como forma de exercício pleno da cidadania –
é onde o cristão batizado é chamado a ser sal do mundo, “a dar gosto e
testemunho de Cristo”. Para Dom Orani, a Igreja e o Evangelho são
maiores do que qualquer partido ou outra forma
político-partidário-ideológico.
A política, ressalta ainda o arcebispo, é uma questão tão importante
que influenciou até aqueles que não pensavam na forma judaico-cristã. O
cardeal cita “A República”, onde o pensador Platão já procurava meios
de convivência harmônica entre as pessoas, e de como deveriam agir os
governantes em relação aos governados.
“Como cristãos, nas diversas formas que temos de participar da
sociedade, somos chamados a servir única e exclusivamente o Evangelho,
para que o bem comum seja o que visa a nossa pregação”, afirmou.
Políticos trabalhando para o bem comum
O arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, também
publicou uma mensagem por ocasião das eleições. Ele destacou o papel de
prefeito e vereadores que devem promover o bem comum. O arcebispo
orientou os eleitores a procurarem candidatos comprometidos com a
justiça social, a dignidade da pessoa, com os direitos humanos, a
cultura da paz e a defesa da vida.
Dom Odilo também pediu que os fiéis questionem os candidatos se estão
dispostos a legislar aceitando os mecanismos de controle da sociedade
como conselhos, movimentos organizados e outros.
O bispo também pediu que os eleitores votem em candidatos que
respeitem a política, a religião e a família. “Vote em candidatos que
respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas e morais
dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé,
da mesma forma, apoie candidatos que amparem a família e a protejam
diante das ameaças à sua identidade e missão natural”.
Resgatar a esperança
O arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira, e seus bispos
auxiliares, afirmam que as Eleições Municipais 2016 são oportunidade
para todos participarem da política, iluminados pela fé e pela
consciência da dignidade da pessoa humana.
“Esse é um momento privilegiado para o resgate da esperança,
especialmente, daqueles que sofrem a exclusão e os seus terríveis
efeitos. Temos a obrigação de ‘dar as razões da nossa esperança’ (1Pd
3,15), que se sustenta, também, na convicção de que a ética na política e
na vida pública é uma exigência irrenunciável. Nosso voto tem força e
pode começar a mudar situações de injustiça”, diz o documento.
André Cunha
Da redação, com CNBB e arquidioceses
Da redação, com CNBB e arquidioceses
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