Ser cristão é ser principalmente autêntico

Ser cristão é ser principalmente, além de um seguidor; um imitador de Cristo. Isto consiste em não apenas segui-Lo, mas fazer o que Ele faz, fazer a Sua vontade, agir como Ele agiria nas diversas situações da vida. Jesus nos ensina: “Nem todo aquele que me diz Senhor! Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7, 21). Mas isso não é nada simples de acontecer verdadeiramente em nossa vida. Não é algo tão fácil de ser praticado nem mesmo pela criatura mais virtuosa que possa existir nesse mundo. Portanto, ser um imitador de Jesus Cristo, ou ainda mais simples: ser um cristão, requer uma experiência “verdadeira”, além de profunda, com o Renovador, o Curador, o Fortalecedor, o Santificador, o Consolador e abrigo das almas: o Espírito Santo!
Só o Espírito Santo poderá nos capacitar com todas as virtudes necessárias para que nos tornemos “imitadores de Cristo”. Para isso precisamos dar passos mais curtos no início do caminho, com o cuidado de quem caminha no desconhecido; até chegarmos à trilha que nos deixará mais seguros. Nenhum caminhante alcançará sucesso sem que procure antes de tudo, conhecer bem o caminho a seguir... Disse Jesus: “Eu Sou o Caminho”... Então já sabemos que o caminho é Jesus, é por Ele que queremos ir; é seguindo Jesus. Ele nos diz: “Eu Sou a Verdade”... Então, agora sabemos que Ele é a “Verdade”... Jesus diz: “Eu Sou a Vida”... (João 14, 6). Então, sabemos também que não haverá outro caminho, nem verdade ou vida fecundamente e “verdadeira” sem Jesus. Agora pergunto: O que fazer? Diremos como Pedro: “Senhor, estou pronto para seguir-te...”? (Lc 22, 33) E como tal sermos julgados pela nossa própria palavra, ou faremos como muitos outros: “Essa palavra é muito dura” (Jo 6, 60b)... E sermos livres para o mundo? Eu diria que, independente de qual resposta dermos a Deus perante o seu chamado; devemos ser “verdadeiros”! Quem vive uma vida dupla não conseguirá segui-Lo.
Jesus vem em socorro de todas as nossas fraquezas, Ele não veio para os são, mas para os doentes (Mc 2, 17). Porém Jesus abomina toda espécie de “mentira”. A mentira e a falsidade não unir-se a personalidade de um verdadeiro Cristão. Jesus censura os fariseus de sua época justamente por causa da hipocrisia que eles vivenciavam constantemente.
Diz a mitologia grega que denominava-se “hipócrita”, um certo escravo do império grego-romano que enfeitava-se de diversas roupas e máscaras, como um palhaço, para agradar o rei, fazê-lo rir e sentir prazer depois de alguma derrota de guerra. Ou seja, o papel deste palhaço (o hipócrita) era justamente enganar, iludir o rei diante de uma realidade inevitável. Por traz da máscara e roupas reluzentes do hipócrita havia um ser real que se escondia do medo e da reação inesperada do rei. O hipócrita (Palhaço) também não estava feliz com aquela situação, mas simplesmente estava sendo obrigado, porque era um “escravo”, submisso à lei e à ordem imperial! Moral da história; quem vive na hipocrisia é escravo da mentira e obedece ao pai da mentira (Jo 8, 44c); alimenta o seu próprio ego e das outras pessoas.
Os fariseus que assediavam Jesus cheios de mentiras apenas enganavam-se a si mesmos, porque é impossível enganar a Deus! (Mt 23, 25). Muitas vezes fazemos o mesmo. Estamos quase sempre querendo agradar às pessoas, principalmente quando queremos tirar alguma vantagem nas coisas. Isto é funesto quando se refere a caminhar com Jesus, e um comportamento acima do absurdo para qualquer cristão. Impossível seguir a “verdade” se não formos autênticos e verdadeiros. Uma comunidade cristã só terá unidade em Cristo; "Cabeça da Igreja", fecundando seus frutos na transparência e na verdade, fora disso será apenas um monteado de gente buscando um cristo que satisfaça seus "ego enganador"
Então, meu irmão, minha irmã, para que trilhemos um caminho que sabemos não ser tão fácil; iniciemos nossa caminhada com passos mais curtos, talvez mais simples, porém, sendo “verdadeiros”, “autênticos”. Diante de Filipe Natanael censurou a Jesus : “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?”. Mas Jesus ao vê-lo exclamou: “Eis aí um verdadeiro Israelita” (Jo 1, 46-47). Esta linda e enigmática passagem nos mostra a afeição que Jesus tem por um coração sincero.
Procuremos desde já romper com esta tentação que nos rodeia e assedia para alimentar o nosso ego, como alguém que alimenta um animalzinho de estimação. Seja qual for a situação, não resistamos a um “não” quando for preciso, e “sim” quando melhor oportuno, porque tudo além disso vem do maligno; diz a Palavra! Aleluia! (Tg 5, 12).
Peçamos ao Espírito Santo essa graça; termos a firmeza dos primeiros Cristãos, de padecer, mas na verdade, de desagradar o mundo inteiro, mas agradar a Deus.
   
“... falamos, não para agradar aos homens, e sim a Deus, que sonda os nossos corações” (1Tes 2, 4).






Antonio Alexandre – Dono do blog
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