O que fazer com o sofrimento?

o_que_fazer_com_o_sofrimentoO sofrimento é inevitável, mas precisamos saber vivê-lo 

A Palavra de Deus diz que Ana era estéril, ou seja, não podia ter filhos. Maltratada por seu marido e continuamente afligida por sua rival, ela já não aguentava mais, porque naquele tempo, uma mulher estéril era considerada alguém fora da bênção de Deus. Imagine, então, o sentimento de uma pessoa assim, pois ela nem sabia qual era sua culpa por ser alguém para quem Deus “virara as costas”. Mas em vez de ficar “curtindo” o seu sofrimento, ela foi Àquele a quem ela devia ir: ao Senhor. Passou todo um dia no templo derramando a sua alma diante de Deus.
À tarde, o sacerdote Heli, que a viu o dia todo no local sagrado, pensou que ela estivesse bêbada. Enquanto o sacerdote diz: “Até quando estarás bêbada? Vai curar essa bebedeira!” Ana, porém, respondeu: “Não é isso, meu senhor! Sou apenas uma mulher muito infeliz; não bebi vinho nem outra coisa que possa embebedar, mas desafoguei a minha alma na presença do Senhor. Não julgues a tua serva como uma mulher perdida, pois foi pelo excesso da minha dor e da minha aflição que falei até agora”. Heli então lhe disse: “Vai em paz, e que o Deus de Israel te conceda o que lhe pediste” (I Samuel 1,14-17).
O que o sacerdote proclamou foi uma palavra de bênção e essa mulher de Deus agarrou-se a ela. Voltando para casa, seu marido aproximou-se dela; Ana concebeu e deu à luz um filho a quem chamou “Samuel”, que significa “eu o pedi a Deus”. E esse servo do Senhor foi quem mudou a situação de Israel! Mas tudo isso só foi possível porque a mãe deste derramou a sua angústia diante d’Aquele a quem ela deveria fazê-lo e passa um dia inteiro em oração até não suportar mais falar.

 
 Mons. Jonas Abib






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