Que atitudes devemos tomar quando enfrentamos o desânimo espiritual?
Encontramo-nos novamente para conversar um pouco mais sobre a vida espiritual. No artigo anterior, vimos
que, para que haja uma vida espiritual, é preciso que aconteça uma
luta. Vimos a importância dessa luta e que sem ela não há
espiritualidade. Elas–, a vida e a luta espiritual,– estão ligadas.
Seguindo esse raciocínio, vamos pensar sobre os momentos nos quais
desanimamos na nossa vida espiritual, na maioria das vezes, justamente
por causa dessas lutas interiores que precisamos travar, e porque, às
vezes, somos derrotados nesses duelos.
São Paulo nos diz na Carta aos Filipenses no capítulo 3 versículo 16:
““Contudo, seja qual for o grau a que chegamos, o que importa é
prosseguir decididamente””.
Prosseguir decididamente
Quando lemos na Carta aos Romanos, vemos que o próprio apóstolo, por
vezes, também era derrotado nas suas lutas espirituais: ““Não faço o bem
que quero e faço o mal que não quero” (Rm 7,19). Mas é ele também que
nos encoraja para seguirmos adiante: “importa prosseguir decididamente”!
Em Minas Gerais, conheço um sacerdote que faz um trabalho maravilhoso
com os jovens. Com frequência, ele diz aos que orienta: o importante é
que na nossa caminhada o saldo seja positivo. O sacerdote ensina que
pode acontecer, por exemplo, de na nossa caminhada darmos cinco passos
para frente e dois para trás. Então, o saldo é de três passos adiante,
ou seja, saldo positivo de três.
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Também aprendemos com o apóstolo dos gentios que não somos perfeitos:
erramos, pecamos e, por vezes, fazemos o mal que não queremos fazer, ou
como nos ensina o sacerdote de que lhes falei: damos alguns passos para
trás. Mas isso não pode fazer com que desanimemos ou com que desistamos
da vida espiritual. Pelo contrário, tem de nos tornar mais fortes e
determinados.
Precisamos agir como São Paulo, que mesmo não conseguindo fazer
sempre o bem, ainda assim, encoraja-nos a prosseguir e a não o fazer de
qualquer jeito, mas de modo decidido. Sendo assim, mesmo que erremos,
que pequemos, que andemos alguns passos para trás, como ensina o grande
apóstolo, não podemos desistir de perseguir o alvo, rumo ao prêmio
celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo.
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