O mundo precisa de profetas do Espírito Santo
O mundo está precisando de profetas, não se retenha!
“Princípio da boa nova de Jesus Cristo, Filho de Deus. Conforme está escrito no profeta Isaías:
Eis que envio o meu anjo diante de ti: ele preparará o teu caminho. Uma
voz clama no deserto: Traçai o caminho do Senhor, aplanai as suas
veredas (Mal 3,1; Is 40,3).
João Batista apareceu no deserto e pregou um batismo de conversão
para a remissão dos pecados. E saíam para ir ter com ele toda a Judeia,
toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os
seus pecados.
João andava vestido de pelo de camelo e trazia um cinto de couro em
volta dos rins; ele alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Então,
pôs-se a proclamar: “Depois de mim vem outro mais poderoso do que
eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia
do calçado. Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no
Espírito Santo.” (Marcos 1, 1 – 8)
O evangelista colocava as palavras de forma bem resumida, mas o que
aconteceu foi um grande movimento naquela região por aquilo que João
realizava. Ele estava cheio do Espírito Santo, e você se lembra, quando
Maria foi visitar sua prima Isabel, João, ainda no ventre de sua mãe,
ficou cheio do Espírito Santo. Agora, também cheio do Espírito Santo,
ele pregava àquela multidão.
João foi enviado para anunciar o batismo e em várias ocasiões ele
afirmou isso: “Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no
Espírito Santo”. João era testemunha da efusão do Espírito de Deus.
O Senhor precisa de uma multidão de apóstolos que anuncie a efusão do Espírito Santo.
Recordo-me que estava em Londrina e me pediram para rezar por uma
senhora que estava doente. Eu rezei por ela e por seu esposo. Não apenas
rezei, mas também falei sobre o dom de línguas. Que bonito foi a
demonstração da graça de Deus! Os dois começaram a orar em línguas,
demonstrando que tinham sido batizados pelo Paráclito.
Meus irmãos, nós precisamos, continuamente, do Espírito; é uma
necessidade diária. Eu preciso orar em línguas mais de uma vez ao dia.
Depois que rezei por aquele casal de velhinhos, o Espírito Santo me
incomodou para que eu rezasse pelo restante da família da que estava na
sala. Eu rezei pedindo o Espírito e todos eles rezaram em línguas. Você
precisa ter essa ousadia, os nossos grupos de oração precisam ter essa
ousadia. O batismo no Espírito, no mundo em que estamos vivendo, é uma
necessidade. A corrupção, neste mundo, só será vencida pelo batismo com a
oração em línguas.
Certa vez, estava em meu escritório e entrou um senhor. Pela maneira
de falar e por sua feição, parecia ser alcoólatra. Ele me disse do que
precisava e eu lhe disse o que julgava realmente necessário. Depois,
orei por ele. Aquele homem, que tinha um modo de falar como um bêbado,
começou a orar em línguas e passou a falar lindamente. Um ano depois, eu
o vi bonito, sem aquele vermelhidão próprio de um alcoólatra. Ele
falava perfeitamente, com a saúde ótima. Ele me abraçou com um lindo
sorriso e me disse que, a partir daquele momento da oração, a partir
daquele dia, sua vida havia mudado completamente. Não só a vida dele,
mas de toda a sua família. Ele havia se reconciliado com os seus.
Tive a graça de conhecer David Prestes, um pregador da África do Sul,
da igreja pentecostal, que era chamado “Mister Pentecostes”. Por onde
quer que ele fosse, ele falava do Espírito Santo. Quando estive na
pregação dele, não deu outra, ele falou do Espírito Santo, do batismo e,
ousadamente, impôs as mãos sobre todos os presentes. Todos nós
precisamos ser como ‘Mister Pentecostes’.
O mundo de hoje precisa ser batizado no Espírito Santo; para isso fomos chamados.
O Papa João XXIII, quando foi Núncio pela primeira vez, soube que
havia uma aldeia onde todos tinham os dons do Espírito e os
manifestavam. Ele foi visitar essa aldeia e passou alguns dias lá. Se
havia alguém doente no meio deles, os nativos rezavam por aquela pessoa e
ela ficava curada. Naquela época, a Missa que ainda era em latim e
ficava cheia, eles até aprenderam a responder nessa língua. Naquele
lugar, os médicos viviam tranquilos, policiais não tinham trabalho,
cadeias eram vazias. Mais tarde, Ângelo Roncalli, quando Papa, com
certeza quando pensou no Concílio Vaticano II, queria que o mundo fosse
como aquela aldeia. O santo padre faleceu antes do término do Concílio;
portanto, não podem terminar aquilo que ele tensionava. Mas deu início.
O Concílio era, justamente, o odre em que o Senhor quis colocar o
vinho novo para a Igreja. Foram tantos os reveses do Concílio e do
pós-Concílio, que foi necessário um odre que aguentasse o repuxo. O
Concílio acabou em 1965. No ano de 1967, em Duquesne, alguns professores
e alunos, que leram o livro “Entre a cruz e o punhal”, do autor David
Wilkerson, viram que este homem rezava por jovens de gangs,
traficantes, e que eles iam se transformando cada vez mais. Essas
pessoas se indagavam sobre a razão disso não acontecer na Igreja
evangélica. Aqueles jovens constataram que, talvez, faltasse a eles o o
que Davi falava naquele livro: o batismo no Espírito Santo.
Reuniram-se numa escola, no fim de semana, simplesmente para orar e
procurar, na Bíblia, as passagens que falavam do Espírito de Deus.
Achamos que a oração em línguas não nos é necessária, mas ela não
pode ser desprezada, não pode ser deixada em segundo plano. Felizes,
bem-aventuradas as comunidades, os grupos que promovem a oração em
línguas. Devemos deixar de lado nossas ideias errôneas e sermos
apóstolos do Espírito e da oração em línguas.
Após este evento, em Duquesne, começou ali um pequeno grupo de oração
com pregações afervoradas; e as pessoas eram atraídas para lá. Uma
pregação de poder depende do batismo no Espírito Santo, e os nossos
grupos merecem pessoas assim, cheias d’Ele.
Depois deste grupo, outros se formaram em outras universidades. No
Brasil, em 1970, já havia chegado esta graça do batismo. Eu tive a graça
de recebê-lo em 1971. Devemos ser assim, não podemos deixar o vinho
azedar, porque a humanidade precisa constantemente deste vinho novo.
Conhecemos bem a passagem de Pentecostes, quando o Espírito Santo
caiu sobre todos os discípulos no Cenáculo. Ficaram todos cheios do
Espírito e começaram a falar em outras línguas. A matriz do batismo no
Espírito Santo está aí: “Ficaram todos cheios do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas”. Com o barulho que aconteceu,
muitas pessoas se colocaram às portas do Cenáculo. Os apóstolos saíram e
começaram a falar do Espírito Santo. As pessoas que ali estavam diziam
que os ouvia falar das maravilhas de Deus. Havia alguns debochados, que
diziam que eles estavam embriagados, mas tomando a Palavra, Pedro disse
que não estavam bêbados, mas que se cumpria neles a Palavra de Joel.
“Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel: Acontecerá nos
últimos dias – é Deus quem fala -, que derramarei do meu Espírito sobre
todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os
vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. Sobre os meus
servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito
e profetizarão.” (Atos 2, 16 -18).
O mundo está precisando de profetas. Não se retenha! Eliseu estava
arando em seu campo quando chegou Elias e jogou sobre ele seu manto.
Deus mesmo havia anunciado a Elias que o profeta, para substituí-lo, era
Eliseu. E o que Eliseu pede? Que ele tenha uma porção redobrada de seu
pai Elias.
Precisamos de profetas! Nossos grupos de oração precisam de palavras
de profecia. Não basta orar em línguas, é preciso ter o dom do Espírito
Santo; peça-o ao Senhor. Abra a possibilidade para que haja palavras de
profecia em seu grupo.
Profetizar não é adivinhar o futuro, pois são palavras inspiradas por
Deus, que nos levam até Ele. São palavras que fazem com que os rumos da
oração, da comunidade se mudem. Traz palavra de profecia aquele que
traz a Palavra de Deus.
Monsenhor Jonas Abib
Pregação feita no dia 09/01/2015 no encontro dos 25 anos da Comunidade Obra de Maria em Recife (PE)
Pregação feita no dia 09/01/2015 no encontro dos 25 anos da Comunidade Obra de Maria em Recife (PE)
Transcrição e adaptação: Rogéria Nair - Canção Nova
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