Os segredos dos sábios
O filósofo grego Diógenes dizia que a
sabedoria serve de freio a juventude, de consolo aos velhos, de riqueza
aos pobres e de ornamento aos ricos; isto é, serve para todos os homens
de todas as idades viverem melhor. Ernest Renan, filósofo francês, disse
que “os verdadeiros progressistas são os que partem de um profundo
respeito ao passado.” Há uma triste mania de desprezar o passado como se
fosse todo arcaico. O progresso não acontece aos “saltos’, mas de
maneira contínua; a descoberta de hoje começou a ser pensada lá atrás.
Quando disseram a Galileu que ele era um gênio; ele disse que não:
“Enxergo longe porque me apoio nos ombros de dois gigantes.”
Eram os astrônomos que o precederam Nicolau Copérnico e Tycho Brae.
Aquele que deseja de fato a sabedoria,
estuda como se fosse viver eternamente, mas vive como se fosse morrer
amanhã. As loucuras do tolo são conhecidas do mundo, mas ignoradas por
ele mesmo; por outro lado, as loucuras do sábio são conhecidas dele, mas
desconhecidas pelos outros.
A verdadeira sabedoria é a expressão da
verdade. O livro dos Provérbios, diz que “feliz é o homem que encontrou a
sabedoria” (Pr 3,15); e que “melhor do que o ouro é adquirir a
sabedoria” (Pr 16,16).
Os projetos muitas vezes vão mal por falta
de deliberação, de experiência e de se ouvir os conselheiros sábios;
por outro lado, conseguem êxito quando os bons conselheiros são
consultados.
Quem caminha com os sábios torna-se sábio.
A recíproca é verdadeira. É sinal de grande sabedoria não ser
precipitado nas ações, nem aferrado obstinadamente à sua opinião;
sabedoria é também não acreditar em tudo o que nos dizem, nem comunicar
logo a outros o que ouvimos ou suspeitamos. O sábio não é afoito,
apressado, impulsivo e impaciente. Não é preciso cair do telhado para
saber o mal que isto nos faz. Quem para de aprender torna-se velho,
pouco importa sua idade.
A pessoa que sabe reconhecer a sua
ignorância começa a ser sábia. Aprender é como remar contra a corrente:
não avançar é recuar. A soberania do homem está oculta em seu
conhecimento.
Para o ignorante, a velhice é o inverno da
vida, porque acha que já não tem mais nada a fazer; ao contrário, para o
sábio é a época da colheita, pois para aprender não há idade melhor do
que a maturidade.
Retirado do livro: 100 Mensagens para a alma. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.
Leia também: O dom da Sabedoria
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