O valor da amizade foi revelado pela Bíblia
O valor da amizade foi revelado pela Bíblia: “O amigo fiel não tem preço”
Desde a mais remota Antiguidade o homem se interrogou sobre a
essência da amizade. Filosofou sobre este aspecto da interação humana.
Podemos dizer que a amizade é uma certa comunidade ou participação
solidária de várias pessoas em atitudes, valores ou bens determinados. É
uma disposição ativa e empenhadora da pessoa.
O valor da amizade foi revelado pela Bíblia: “O amigo fiel não
tem preço” (Sl 6,15), pois “ele ama em todo o tempo” (Pv 17,17). “O
amigo fiel é uma forte proteção; quem o encontrou, deparou um tesouro”
(Eclo 6,14). “O amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade, e os
que temem o Senhor acharão um tal amigo” (Eclo 6,16).
A função psicossocial da amizade é, assim, de rara repercussão. Ela é
fator de progresso, pois o amigo autêntico aperfeiçoa e educa pela
palavra e pelo exemplo; é penhor de segurança, uma vez que o amigo leal é
remédio para todas as angústias, dado que a amizade é força espiritual.
Entretanto, há condições para que floresça a amizade.
Pode-se dizer que são seus ingredientes: a sinceridade, a confiança, a
disponibilidade, a tolerância, a compreensão e a fidelidade.
Saint-Exupéry afirmou em sua obra ‘O Pequeno Príncipe': “És eternamente
responsável por aquilo que cativas”.
Na plenitude dos tempos Jesus apresentou-se como legítimo amigo. Ele
declarou: “Já não vos chamo servos, mas amigos” (Jo 15,15) e havia dito:
“Ninguém dá maior prova de amor do que aquele que entrega a vida pelos
amigos” (Jo 15,13). Rodeou-se de pessoas, as quais se repletaram dos
eflúvios de Sua bondade. Felizes os que O conheceram, como Lázaro,
Marta, Maria, Seus amigos de Betânia; os Doze Apóstolos; Nicodemos;
Zaqueu; Dimas, o bom ladrão; e tantos outros. É, porém, preciso levar a
amizade a sério.
A Bíblia assegura que: “O amigo fiel é medicina da vida e da imortalidade” (Eclo 6,16).
Disse, porém, Santo Agostinho: “A suspeita é o veneno da amizade”. Bem
pensou, porque a amizade finda onde a desconfiança começa. O amigo é luz
que guia, é âncora em mar revolto, é arrimo a toda hora. Esparge raios
de sol de alegria, derramando torrentes de clarões divinos. Dulcifica o
pesar. Tudo isso merece ser pensado e repensado. É essencial, todavia,
meditar também sobre o ensinamento bíblico: “Quem teme a Deus terá bons amigos, porque estes serão semelhantes a Ele” (Eclo 6,17).
Autor: Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos
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