Qual o preço da intolerância?
O que leva uma pessoa a chegar a esse grau de intolerância? Como a vida pode chegar a valer apenas um centavo?
Estamos diante de um fato extremo que nos faz pensar. Dificilmente,
alguém de nós chegaria tão longe, mas é possível que você já tenha dito
poucas e boas para aquele carro que fechou o seu ou demorou demais para
sair com o semáforo aberto. Você pode ter levantado a voz com aquela
pessoa que estava atendendo a fila sem pressa. A verdade é que a
intolerância é um mal muito presente no mundo estressado em que vivemos.
Queremos tudo para ontem. Ficamos viciados na impaciência.
Coloque, nesse contexto, um pouco de arrogância e violência. Aí está a
mistura explosiva. O resultado pode ser verificado no jornal nosso de
cada dia: guerra, sangue e violência.
Mal humor como refúgio?
Os intolerantes perdem a capacidade de sorrir e procuram seu refúgio
no mau humor e na ignorância. A inteligência não consegue sobreviver
nesse canteiro de ervas daninhas. Terroristas, assassinos e traficantes
precisam usar o capuz, esconder o rosto, evitar fazer algum raciocínio,
pois se arriscariam a descobrir que sua atitude é totalmente idiota e
sem sentido. É por isso que aqueles que estão interessados no lucro que a
intolerância pode gerar estimulam o fundamentalismo, que é a ignorância
em sua forma religiosa. Então, você tem aqueles que matam e morrem em
nome de Deus.
Remédio para a intolerância
Atenção: há formas de terrorismo presentes nas salas de aula, nas
casas e ruas. A intolerância pode aflorar até em um táxi qualquer, por
um mero centavo. Há pais intolerantes com seus filhos e vice-versa. Há
professores que são um verdadeiro terror para os alunos, e há alunos que
fazem o terror de seus mestres. Precisamos dar um basta. Se ficarmos em
silêncio sempre, teremos apenas que chorar os mortos. Devemos anunciar a
solidariedade e a paz.
A calma, a compreensão, a compaixão, o diálogo, o humor e o amor são
as raízes dessa atitude profunda que chamamos de tolerância. Não me
entenda mal, tolerar não significa deixar as coisas como estão, colocar
panos quentes, aceitar o reinado dos maus. Já se falou muito em
“tolerância zero”. Não devemos tolerar o pecado, mas precisamos atirar
no pecador? Não precisamos perdoar a dívida de R$ 10 mil, mas precisamos
gastar tanta adrenalina por um centavo? Pense nisso!
(Extraído do livro “Pronto, falei!”)
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